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4:55 PM



Quarto dia Pio

As luzes da sala se acendiam lentamente, apenas algumas lâmpadas deixando o ambiente à meia luz. Os passos quase não poderiam ser escutados quando ele descia finalmetne as escadas. Não fazia ruídos, chegava a ser receoso ao pisar. Caminhava calmamente até o acolchoado sofá e deixou o corpo repousar ali por alguns minutos, respirando pausamente. Porque o corpo tinha que doer tanto? Esticou a mão para o lado e pegou o controle remoto que lhe permitia gravar seus registros e finalmente viu a luz vermelha começar a piscar insistentemtne. Permaneceu em silêncio por alguns segundos, apenas a deixar os olhos claros a observar a lente da câmera apontada para si mesmo. Não tinha a fisionomia debochada de sempre, estava sério. Mordeu os lábios como se tentasse encontrar palavras que lhe fugiam dos lábios a todo instante, ou mesmo como se lutassem para não sair. O Cenho permanecia franzido a olhar a câmera ligada. Respirou fundo por alguns segundos, enquanto os dentes permaneciam a morder os lábios. Endireitou-se no sofá, com uma leve careta de dor ao apoiar as mãos no estofado para melhorar a posição. Deixou a mão passar pelo rosto, apertando o queixo e os finos fios aloirados de uma barba que teimava em nascer.
- Bom.. – a voz vinha quase num sussurro – Vamos dar início a mais um dia na vida de Pietro, hm? – Sorriu de leve.. mas a expressão séria não deixava o movimento labial perdurar por muito tempo. – Vc está lá em cima, sabia? Dormindo.. como um pequeno anjo... – Pio baixava o rosto um pouco, mantendo-se naquela posição, enquanto respirava pausadamente e então os olhos erguiam-se mais uma vez buscando a câmera. – Você é o meu anjo... um anjo que foi colocado na minha vida para me salvar. Quando eu me dei conta disto?
Ele aproximava-se um pouco mais da câmera inclinando o corpo para frente. E perdeu-se novamente a olhar a lente da câmera, como se o azul que vez ou outra refletia na objetiva do aparelho, fosse o próprio brilho celeste que sempre via nos olhos de Angie.
- Quando me apaixonei por você... quando descobri que meu coração não se aquietaria se eu não estivesse ao seu lado. E quando foi? – Sorriiu, pq sempre tinha dificuldades em falar sobre seus sentimentos? Em se expressar como poetas, escritores famosos faziam, ou como sempre vira nos filmes de amor, onde o mocinho toma a mocinha nos braços, diz a tão temida frase e então a beija apaixonadamente? – Eu achava que tinha sido quando dançamos no baile... naquele baile que eu roubei a vez do Dimmy te levar pra sair. Mas.. sabe.. eu acho que foi antes.. não.. não foi no baile.. Foi no momento em que abriu a porta da sua casa para mim.
Ele silenciava-se um pouco, e mordia novamente os lábios. Sentia os olhos lacrimejarem ao falar, havia uma confusão de sentimentos.. de palavras.. de cheiros em sua mente, momentos vividos, momentos passados e atuais.
- Foi quando abriu a porta e me sorriu.. e sabe.. Angie.. eu não sou bom com palavras.. eu nem mesmo as conheço direito.. foi vc quem me incentivou a ler mais.. a ver boas peças.. a ver musicais.. – ele sorriu os olhos claros marejados pareciam reluzir diante da câmera. – Eu não sei dizer de forma garbosa.. eu não sei sequer recitar poesias.. mas eu venho tentando.. eu juro que venho tentando ser alguém melhor para você dia após dia. E naquele momento em que abriu a porta e surgiu pra mim... Vc estava tão linda.. você é linda.. mas foi como se um véu, caísse dos meus olhos e eu finalmente pudesse ver você como é.. não de forma previsível como sempre me disse. Eu vi você, tal como é.. e de repente.. eu percebi que não poderia mais ficar sem isso.. eu percebi que não havia mais sentido em minha vida sem isso..
Parou de falar momentâneamente e deixou as costas das mãos enxugarem os olhos, antes que as teimosas lágrimas lhe descessem.
- Mas sabe o que eu descobri? Que me apaixono por você a cada dia. Não é apenas um sentimento que veio, chegou e ficou, não.. ele se renova a cada dia.. a cada segundo.. a cada momento que vejo você que meus olhos podem pousar nos seus. Como há pouco quando vi você dormindo e me dei conta de que é tudo que mais quero na vida, velar teu sono, ver você dormir em meus braços como um anjo... um anjo.. e eu nunca mais serei o mesmo. Você viu algo bom em mim.. algo que eu nem sabia que possuía.. Vc me fez acreditar que eu poderia. Me ensinou a enxergar as minhas metas e a persegui-las. Você.. você.. – Mordeu os lábios mais uma vez e as lagrimas desta vez não puderam ser contidas. – É tudo que mais amo neste mundo.. e.. eu.. eu tenho tanto medo, Angie.. tanto... medo de perder você.. medo de um dia não ter mais você comigo.
Fechava os olhos com força balançando levemente a cabeça como se quisesse espantar aqueles pensamentos. Dormir ao lado de Angel todos esses dias havia criado um vínculo ainda maior do que o que possuíam. E nem sequer haviam feito amor, ou trocado caricias tão intimas, a ligação se fazia por algo muito maior que prazer carnal. Era o prazer da alma, o conforto da alma que apenas os que amam, e são correspondidos em plenitude conseguem sentir.
- Sabe... – abria os olhos lentmanete, num rebuscar de ar, e deixava que o ar saísse forte pelos lábios, num desabafo de sentimentos ou dor. – ter você ali.. no meu quarto.. na minha cama, dormindo ao meu lado, abraçada comigo.. – sorria de leve – de conchinha.. me deixando proteger você, sendo que era você quem me protegia.. sim.. você me protegeu de mim mesmo.. já se deu conta disto? Eu sim.. eu me dou conta a todo dia.... mas.. – os lábios eram mordidos mais uma vez, e Pio passava a mão distraidamente pelos cabelos loiros espetados. – É uma sensação tão boa, Angie.. uma sensação de paz.. de tranqüilidade.. como se nada no mundo pudesse perturbar isso.. nada no mundo pudesse macular, você entende? Uma vez, eu li num daqueles livros de história que você me deu, de mitologia grega... a lenda sobre almas gêmeas.. – tomava o cuidado ao falar com a voz embargada de emoção para não aumentar a entonação, e não despertar Angel que dormia em seu quarto. – Era assim.. Dizia que numa cidade da grécia, as pessoas eram muito felizes consigo mesmas, viviam satisfeitas e eram completas, nada tirava delas a alegria de viver, e não precisavam de mais nada para serem felizes. Com isso.. Os deuses ficavam revoltados, porque aquelas pessoas do vilarejo não os adoravam? Não tinha nenhum templo escrito assim: Arautos da Coca-cola? – Sorriu – ta.. eu não podia deixar de dar o meu toque à história. Mas não havia templos, nem para Zeus, ou Hera.. Demeter.. nada.. e quem mais se irritou com isto foi Afrodite, afinal, ela era tão bela e eles não a adoravam?? Como podia.,. então ela foi conversar com Zeus e exigir uma reparação naquilo.. e Zeus fez ventar tão forte.. mas tão forte que as pessoas se agarravam aos troncos das árvores, das casas para não serem levadas pela ventania.. mas o incrivel acontecia.. com o vento forte, e as pessoas a se segurar, parte delas era arrancado.. elas eram separadas em dois.. e a parte que se separava e era puxada, era levada para longe..muito longe da parte que havia ficado presa.. e então.. o vilarejo nunca mais foi alegre como antes.. os pedaços que ficaram, passaram a perseguir o mundo inteiro em busca do pedaço que foi levado. Sua alma gêmea. Acho que você foi um pedaço de mim arrancado por este vento de Zeus quando eu nasci... e a minha busca por você felizmente teve um fim naquela noite do baile. Quando pude ver a luz que brilhava em seu ombro. O brilho das estrelas que reluziam em seus olhos.
Endireitava-se no sofá mais uma vez e retirava do bolso da calça do pijama um pedaço de papel.
- Sabe.. tem dias que eu to escrevendo algo pra você.. mas eu não consigo fazer direito.. então.. eu tentei fazer algo legal.. algo bonito.. não sei se vai gostar.. mas é algo que quero dizer então.. – pigarreava pois percebia que começava a se atrapalhar com as palavras mais uma vez. – Eu vou ler...
Puxava o corpo pouco mais para a beira do sofá enquanto desdobrava o papel amassado e pigarreava novamente.
“ Pela luz dos olhos seus eu me salvo...porque não há amor maior, nem mais puro...Pela suas mãos eu me ergo desta escuridão...movo-me em sua direção, guio-me para meu destino.Toque-me o coração como se você também quisesse meu sorriso.Um único sacrifício, e serei seu para sempre.Eu faria tudo, percorreria mundosNão há amor como o nosso pelo amor que tenho me salvo dos malesPela luz dos olhos seus posso ser eu mesmo...”
Ele parava de ler por alguns segundos voltando o olhar para a câmera e então, não mais acompanhava o papel, esperava que se lembrasse das palavras, mas se não lembrasse,.. deixaria que o coração bancasse o poeta.. e dissesse o que queria dizer.
“Sem máscaras, sem mentiras...sem meias palavras, simplesmente eu e nada maisEu e vc, sem segredos, dois em um...Diga-me o que for preciso fazerFarei para ver sua alegria estampada.. Diga-me o que tenho que fazer. Para sermos somente nos dois.. e mais nada...”
Parava de falar por alguns segundos e pigarreava novamente dobrando o papel.
- Era isto que eu queria dizer... Era isto e que Eu te amo. Obrigado por estar em minha vida. Obrigado por salvar a minha vida...
Levantava do Sofá e caminhava a passos lentos até a camera aproximando os labios para um beijo demorado na lente.
- Só mais uma coisa meu amor, antes de eu voltar lá pra cima e dormir o resto da madrugada abraçado com você... sabe o Dimmy? Pois é.. eu vou matá-lo.. então é melhor você pensar em outro padrinho de casamento...O motivo? Amanhã eu te conto e vai me entender. – Levantava e já iria se afastar.. mas dava meia volta. – Ele tá olhando para a Lucie.. você acredita nisto?? Ela é uma criança!!!! Mas tudo bem.. amanhã resolvemos isto amor.. vou lá.. dormir com você.. ser um com a minha alma gêmea.. – mandava um beijo no ar em direção a câmera e a imagem se fechava novamente.


Escrito por Pio & Angie

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